E se eu tratar as safenas e precisar
delas depois?

O que acontece quando eu trato as safenas? Se eu precisar fazer uma ponte de safena?

Filipe Damasceno // 02 de Agosto de 2022

Olá! Tudo bem com você? Exatamente no último artigo que eu fiz e que fez sucesso eu tirei uma das grandes dúvidas que tem as pacientes que chegam aqui no consultório: “doutor, o que acontece com essas veias tratadas?”

Se você ainda não conferiu e também tem essa dúvida te corroendo por dentro, é só clicar AQUI pra conferir.

A partir desse artigo surgiu mais uma dúvida um pouco menos comum mas que também de vez em quando aparece e até com um grau maior de apreensão, que é:

“E se eu tratar minhas safenas e precisar delas depois?”

Se você também tem essa dúvida ou se você nem sabia que as suas safenas podem ter outras utilidades, fica aqui comigo pra saber tudo sobre isso. Vamos lá?!

Tem um outro artigo bem legal que eu expliquei o que são as veias safenas e respondi dúvidas como: “o que é o refluxo nas veias?” “Se tiver refluxo preciso operar?” E em quais situações precisa tratar uma veia com refluxo.

Eu vou deixar esse artigo chamado “Apareceu um REFLUXO no meu exame de doppler. E agora?” pra você ohar depois clicando AQUI.

Mas resumindo, as safenas são as principais veias superficiais, aquelas mais próximas da pele das pernas. Por serem as principais, possivelmente o refluxo quando existe é em alguma delas. Mas pode existir refluxo em outras veias menores também.

 

O que é o REFLUXO?

Com o tempo, ao longo de muitos e muitos anos nesse árduo trabalho de levar sangue contra a gravidade de volta ao coração, as veias das pernas vão se “cansando”, ou seja, as suas paredes vão se enfraquecendo e dilatando, tornando as veias tortuosas e aumentadas de tamanho, muitas vezes dando aquele aspecto tão indesejado.

Devido à dilatação, algumas veias já não conseguem garantir que o sangue flua no sentido do coração. Quando isso acontece, leva ao tal REFLUXO, que nada mais é do que quando o sangue reflui, ou seja, flui no sentido invertido.

Isso faz com que o sangue se acumule nas partes mais baixas das pernas. Esse acúmulo é o que pode gerar sintomas como sensação de peso, dor, formigamento, inchaço e o próprio surgimento de mais varizes.

 

Então quais são os tratamentos para o refluxo?

Os tratamentos disponíveis para veias com refluxo, incluindo as safenas, não visam corrigir o refluxo. Isso infelizmente não é possivel.

O objetivo dos tratamentos é basicamente excluir essas veias doentes da circulação. Isso pode ser feito de 2 formas:

1. Retirando essas veias através de cirurgia ou
2. fechando essa veia e assim, fazendo com que o sangue não passe mais por ela, o que no final das contas tem o mesmo efeito da cirurgia, porém menos agressivo.

Os procedimentos para fechar as veias doentes tem importantes vantagens. Por serem métodos pouco invasivos, dispensam cirurgia e, portanto, internação em hospital, anestesia etc.

Nesses casos não há cortes, cicatrizes e também não há necessidade de repouso.

Eu não vou me alongar muito aqui sobre os tratamentos em si por que tem artigos bem completos sobre cada um deles e você também pode baixar ebooks bem completos e gratuitos na aba MATERIAIS do site (eu recomendo!).

 

A veia com refluxo tratada não faz falta?

O sistema venoso profundo, aquele mais interno, se encarrega de mais de 90% do fluxo venoso dos membros inferiores. Portanto, são as principais veias.

Esses tratamentos, na verdade, desviam o sangue que passaria pelas veias doentes para o sistema profundo, que naturalmente já carrega maior parte do sangue.

Portanto, ela NÃO IRÁ FAZER FALTA para o corpo e a circulação. Até porque a veia doente já não carregava adequadamente o sangue. E tanto não faz falta que na cirurgia ela é retirada.

E se eu precisar das minhas safenas? Se eu precisar fazer uma ponte de safena?

Muitas pessoas ficam preocupadas ao tratar determinadas veias. Eu chamo essas de veias “com nome”. Ninguém se preocupa em tratar uma veia qualquer, mas uma veia com nome é diferente. 😂

As veias safenas realmente tem uma relevância no nosso organismo. Elas são como veias “reserva“. Eu explico.

Toda vez que se fizer necessário retirar uma veia de um lugar para colocar em outro lugar do corpo, provavelmente é a safena que vai ser usada. Isso por que ela é fácil de ser localizada, longa, calibrosa e bem superficial.

Algumas situações que isso pode ser feito, por exemplo:
– realizar a famosa “ponte de safena” (cirurgia no coração)
– realizar alguns tipos de fístula para hemodiálise em pacientes com doença renal grave.
– caso sofra um acidente que lesione uma artéria importante ou precise fazer uma cirurgia para desviar a circulação de um lugar para outro, a safena é muito utilizada.

Porém nada disso pode ser feito caso a veia safena esteja também doente e dilatada!

Se esse for o caso ela não serve. Não tem como tratar um problema ou uma doença com uma veia doente, entende?

Nesses casos existem outras veias “suplentes” que podem ser usadas no lugar da safena se for preciso. Essas veias estão por exemplo, nos braços, no tórax e até mesmo no estômago em raros casos.

Além disso, como eu já expliquei anteriormente, todas as veias superficiais, incluindo as safenas são responsáveis por menos de 10% da circulação. Logo não são tão importantes assim quanto se imagina.

Por tudo isso, mesmo as veias safenas se forem doentes e estiverem prejudicando a sua circulação e causando varizes, podem (e devem) ser tratadas pois elas não irão fazer falta pra você! 👏👏

 

Não passe por isso sozinho! Conte com ajuda do seu médico vascular para o tratamento das suas varizes e viva plenamente.

E lembra: ESSA VIDA SEM VARIZES EXISTE!!

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Espero ter ajudado e em caso de dúvida pode fazer contato comigo. Você pode encontrar meus contatos e agendamento online clicando aqui.

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Filipe Damasceno

Cirurgião Vascular Especialista em Tratamento de Varizes e Flebologia Estética. Apaixonado por família, judô e cachorros.

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Cirurgião Vascular especialista em doenças Venosas e Tratamento de Varizes. Natural de Niterói, vive e atua na mesma cidade. Atualizado em diversos cursos na área de Flebologia Estética, que é a aplicação de recursos minimamente invasivos para o tratamento dos sintomas e melhora da aparência relacionados às veias e varizes. Atua em diversos tratamentos como Escleroterapia Convencional e Ampliada, Escleroterapia com Espuma, microcirurgias dentre outros.