Espuma X Escleroterapia

Como e onde agem os tratamentos de Espuma e Escleroterapia?

Da mesma forma como no primeiro artigo, vou começar explicando como age cada um deles.

A Escleroterapia é como é chamada a técnica mais conhecida para eliminar os vasinhos, conhecida também como “aplicação de vasinhos“. O tratamento consiste na injeção de líquidos chamados esclerosantes, que geram uma reação controlada no interior da veia e leva ao seu fechamento. É realizado com agulhas super finas, geralmente indolores ou com pouca sensibilidade.

Tem um artigo completão onde falo tudo que você deve saber sobre a Escleroterapia. Clica AQUI pra dar uma olhada.

A Espuma é um medicamento líquido que, ao misturarmos com ar, formam-se microbolhas e aumenta de volume, ganhando um consistência espumosa. Por isso o tratamento tem esse nome.

Isso promove um aumento na área de contato do medicamento com o interior das veias tratadas, aumentando a eficácia e permitindo o tratamento de varizes mais grossas.

A espuma então é injetada na veia doente onde se expande. No interior da veia, ela age tanto diminuindo o calibre do vaso como preenchendo todo o interior da veia, assim desativando essa veia doente e desviando a circulação para veias saudáveis.

Tem também um outro artigo onde explico com mais detalhes esse tratamento de Espuma. Você confere ele AQUI.

Portanto, aqui você já viu que começam as diferenças entre os dois tratamentos. Enquanto a escleroterapia seca o vaso pela simples passagem do medicamento, a Espuma vai diminuir e preencher o interior da veia doente.

Quais tipos de vasos a Espuma e a Escleroterapia tratam?

Não tem como falar do tratamento sem explicar o tipo de vasos que eles resolvem.

Aqui também aumentam as diferenças entre os dois tratamentos!

Os vasos mais indicados para a Escleroterapia (assim como para o Laser, como você viu no artigo passado) são os vasinhos e as veias nutridoras.

Os vasinhos são como são conhecidos as telangiectasias (esse nome feio mesmo). São o tipo mais conhecido de varizes, pelo seu grande apelo estético. São pequenas veias dentro das camadas da pele. Por serem muito superficiais ficam mais visíveis, dando aquele aspecto tão indesejado de “teias de aranha”.

Já as nutridoras podem ser também chamadas de reticulares ou colaterais. Geralmente estão próximas às telangiectasias e “alimentam” elas. São veias que estão um pouco mais abaixo da pele e por isso são um pouco menos visíveis. São aquelas vais mais azuladas ou verdes, que não são tão visíveis como os vasinhos, mas estão ali por perto. Precisam de um olhar mais atento para vê-las, mas com boa iluminação ficam também evidentes. O olhar treinado do médico vascular as identifica sem dificuldade. São também um pouco maiores, podendo ficar tortuosas.

Já no caso da Espuma, as veias de preferência desse tratamento são as Varizes propriamente ditas, que são mais grossas e dilatadas. Geralmente fazem relevo na pele (ficam saltadas). Têm diâmetro igual ou maior que 3 milímetros, podendo chegar a dilatações enormes.

As varizes são veias subcutâneas, ou seja, estão na camada de gordura que fica após a pele. Como estão um pouco mais internas, às vezes podem não ser visíveis. Mas mesmo assim podem ser palpadas ou identificadas através de exames.

Em outro artigo expliquei mais sobre os tipos de varizes. Clique aqui para conferir.

Então, a Escleroterapia é indicadas para vasos menores como vasinhos e as veias nutridoras. Mas tanto o Laser transdérmico como a Escleroterapia não são recomendados para varizes mais grossas e desenvolvidas, que fazem relevo na pele ou que ficam saltadas. Uma boa opção de tratamento nesses casos é a Espuma.

Existe alguma coisa em comum entre a Escleroterapia e a Espuma? Quais são as vantagens das técnicas?

Nem tudo é diferença entre elas. As duas técnicas também tem algumas coisas em comum. Especialmente quando estamos falando sobre as vantagens.

Em ambas as técnicas não há necessidade de interrupção das atividades ou repouso antes ou após o procedimento.

São técnicas não cirúrgicas, em que não há necessidade de cirurgia, internação e anestesia. Elas inclusive já tiraram muitas pacientes da mesa de cirurgia! São também conhecidas como minimamente invasivas, portanto não há cortes e cicatrizes.

Ambos são algumas vezes indolores e na maioria das vezes que existe sensibilidade ainda assim são tratamentos muito toleráveis.

Mesmo a escleroterapia mudou ao longo do tempo, então não vá achando que sabe tudo sobre ela. Se você já fez o procedimento há alguns anos, pode esquecer. A técnica e as substâncias usadas evoluíram muito com o tempo.

Hoje em dia as soluções são mais estáveis e dificultam o surgimento de reações e manchas. Algumas formulações já vêm com um anestésico junto, o que evita a dor e ardência durante injeção do medicamento. E constantemente são criadas novas técnicas para melhorar a experiência das pacientes.

Nem sempre foi assim, mas atualmente o tratamento pode e deve ser aplicado não somente nos vasinhos menores mas também nas suas nutridoras para ter um efeito prolongado.

Já a Espuma pode ser considerada inovadora e vem ganhando atenção especial nos últimos anos pelo fato de tratar aquelas varizes mais grossas e desenvolvidas.

Essas varizes há algum tempo atrás só tinham como opção de tratamento a cirurgia. Logo, a espuma tem beneficiado muitos pacientes que anteriormente tinham indicação de cirurgia.

Seja por contraindicação à cirurgia, ou por medo de operar, esses pacientes agora encontram uma opção (bastante vantajosa em relação à cirurgia, diga-se de passagem) tanto na espuma como em outros tratamentos modernos.

Agora sim vai começar o duelo……

No artigo que duelaram o Laser e a Escleroterapia eu disse que a disputa não fazia muito sentido pois esses dois tratamentos não são opostos. Na realidade, eles se complementam.

Disse inclusive que a união das duas técnicas, o Laser transdérmico e a Escleroterapia, representa um dos tratamentos mais modernos e eficazes para tratar varizes e vasinhos. Logo, o tratamento com Laser e Escleroterapia teriam melhores resultados quando eles são usados combinados.

“Ahhh… mas agora sim com a espuma na jogada você vai dizer qual é o melhor”.

Na verdade, não. Rs

Já no caso da Espuma e a Escleroterapia também não tem sentido definir qual é melhor que o outro, mas por motivos diferentes.

Aqui a grande questão é que eles tratam tipos de varizes diferentes. A Escleroterapia trata microvarizes, ou seja, vasinhos e nutridoras. A Espuma trata varizes mais grossas e desenvolvidas.

Portanto esses dois tratamentos não se anulam. Cada um tem o seu papel em um tratamento completo. Muitas vezes a paciente precisa fazer um para algumas veias e outro para outras veias.

(Percebeu que eu sou amante da paz, né?!)

Mesmo que você já tenha pesquisado e decidido que tal tratamento é melhor e que você quer esse ou aquele (eu sei que muitas de vocês fazem isso), no dia da sua consulta vá de mente aberta.

Seu médico vascular é capaz de definir, dependendo de uma série de fatores, como os tipos de vasos a serem tratados, do seu tipo de pele e etc, o melhor tratamento personalizado pro seu caso.

Portanto ao invés de escolher um ou outro, foque no resultado que você deseja e deixe o caminho pra chegar lá nas mãos do seu médico vascular.

Espero que tenha conseguido te ajudar a entender mais sobre essas opções de tratamento. Tem mais interesse? Eu preparei 2 E-books especiais sobre cada um deles.

Um com tudo sobre o tratamento combinado do Laser + Escleroterapia para varizes. Você pode baixar gratuitamente clicando AQUI.

O outro com tudo sobre o tratamento de Espuma que dispensa cirurgia. Esse você também pode baixar gratuitamente clicando AQUI.